Este artigo é um recorte da pesquisa desenvolvida no âmbito do Mestrado Acadêmico em Ensino e investiga como a atuação profissional influencia na construção da identidade do pedagogo. Pimenta e Libâneo (1999), Tardif (2014) e Pimenta, Pinto e Severo (2021, 2022), apresentam um histórico das mudanças curriculares do curso de Pedagogia, associadas às normativas e a realidade socioeducacional, que por vezes necessita de especialistas e por vezes de professores. Além disso, os autores discutem como tais transformações incidem na identidade multifacetada do pedagogo. Metodologicamente trata-se de uma pesquisa narrativa com base em Clandinin e Connelly (2011, 2015), que contou com a participação de cinco pedagogas, egressas do Programa de Pós-Graduação em Ensino, da Universidade Federal do Pampa, em exercício na Educação Básica. Os resultados indicam que as pedagogas exercem múltiplas atuações durante a profissão: professoras na Educação Básica, Supervisora, Coordenadora, diretora e orientadora educacional. Mostraram relação com a docência e com a gestão. Na concepção das pedagogas o estar em um cargo técnico constitui o ser pedagogo. Ainda consideram importante estar em diferentes funções pois trata-se de uma oportunidade de ampliar suas habilidades, a partir da prática que impõe desafios, como da formação continuada. A formação inicial, de acordo com as pedagogas, se mostra frágil, frente aos inúmeros desafios da profissão, reforçando a importância da formação continuada.