As práticas sociais de leitura e escrita se adaptam e se desenvolvem em resposta às demandas de diferentes contextos culturais e históricos, sendo um elo fundamental para a comunicação e interação das crianças, contribuindo para a alfabetização e construção de identidade social. Os gêneros textuais são, portanto, formas específicas de manifestação de linguagens, variando de acordo com o contexto comunicativo e as finalidades discursivas. A diversidade desses gêneros reflete as múltiplas situações e propósitos comunicativos encontrados na vida cotidiana, desafiando leitores e escritores a compreensão e produção de textos em diversos formatos e estilos, ampliando suas habilidades comunicativas, interpretativas e sociais. Além disso, cabe destacar o estímulo coletivo promovido pela ludicidade que os gêneros permitem ao lidar com o imaginário e as emoções. Perante o exposto, esta análise científica tem o intuito de dialogar com Jobim e Souza (1994), Rojo (2012), Soares (2020), dentre outros, através de um plano de ação desenvolvido no Programa de Residência Pedagógica/CAPES/UECE, pelas residentes e preceptora do programa, elaborado no planejamento anual de linguagens para a turma do 1° ano do Ensino Fundamental em uma escola municipal de Fortaleza-CE. Metodologicamente, a partir do planejamento, foram escolhidos gêneros textuais associados ao desenvolvimento leitor e ao interesse ante a faixa etária das crianças, no sentido de elencar uma variedade de gêneros textuais adequados ao nível de desenvolvimento cognitivo e linguístico trabalhado. Sendo estes: contos, fábulas, rimas, lendas, parlendas e histórias em quadrinhos. Em análises dos resultados foi elaborada uma estratégia de alfabetização respeitosa e lúdica que interagisse com as crianças buscando observar o interesse por meio de seus conhecimentos prévios, sempre interligando aos gêneros propostos. Pretende-se, a partir deste estudo, identificar novas estratégias pedagógicas que trazem os gêneros como aliado à leitura e desenvolvimento social.