O presente artigo visa, diante do atual cenário pós-pandêmico e amplamente digital, observar as diversas consequências trazidas pelo acesso desenfreado à internet e pela extrema exposição às telas para educação. Hodiernamente, nota-se que tais fatores impactam diretamente a ligação entre os adolescentes e o hábito de ler. Desse modo, o trabalho busca investigar os desafios que a tecnologia e a pandemia viabilizaram, através das interferências causadas na proximidade do aluno com a leitura. Além disso, pretende verificar como os docentes podem inverter este panorama, transformando o uso das tecnologias em uma ferramenta para promover este vínculo. A pesquisa foi desenvolvida através da metodologia bibliográfica e experimental, com base na vivência de um projeto de incentivo à leitura, desenvolvido com alunos do 1º ano do Ensino Médio no CETI Miguel Lidiano, atividade essa desenvolvida durante a participação no PIBID, coordenado pelo PIBID/Letras do Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, da Universidade Federal do Piauí, em Picos. A fundamentação teórica foi respaldada em autores como Silva (2004), Valente (1999), Lajolo (2011), e outros. Por fim, diante do estudo, foi possível concluir, a partir dos resultados, que ainda existem muitos obstáculos no processo de formação de jovens leitores, além disso, notou-se que o incentivo à leitura tem se tornado ainda mais desafiador devido ao contexto moderno e pós-pandêmico no qual esses adolescentes estão inseridos, pois é perceptível que os discentes são influenciados e tomados pelo bombardeio de informações rápidas disponibilizadas pelo meio digital, gerando dificuldade para manter o foco para ler, e até mesmo desinteresse pela literatura, já que esta parece fora do contexto pessoal do discente. Entretanto, foi visto que, ao ser utilizada de maneira adequada, os aparatos tecnológicos podem deixar o papel de empecilho para a leitura, atuando de forma a motivar de modo lúdico o entusiasmo pelo mundo literário.