A Amazônia tem historicamente sido vítima de grandes estigmas criados a partir de uma visão externa, do colonizador. Atualmente as abordagens sobre a região amazônica dentro de sala de aula ainda sofrem influências da perspectiva eurocêntrica. A partir disso, o presente trabalho de caráter qualitativo busca investigar em uma escola municipal de educação básica, no 5° ano do ensino fundamental menor, em Belém do Pará, quais perspectivas o professor trabalha a Amazônia e sua diversidade de vertentes dentro e fora de sala de aula, fazendo uma análise sobre quais recursos e metodologias são utilizadas no processo, que visam o resgate da cultura e identidade Amazônida no ensino. Para tanto, foram verificados a BNCC, o Documento Curricular do Pará, destacando as bases existentes que garantem a abordagem no 5° ano. Além disso, contou-se com as contribuições de autores como Fiscarelli, Júnior e Thomé que, respectivamente, abordam o material didático e a produção de conteúdos sobre a região Amazônica. Somado a isso, utilizou-se na coleta de dados uma entrevista semiestruturada aplicada ao professor. Observou-se que o educador enfrenta dificuldades em encontrar materiais que contemplem a realidade da região e que se aproximem do que é vivenciado pelos alunos. Diante disso, busca por diferentes alternativas para tratar das temáticas dentro e fora de sala, como a criação de releituras de obras e a metodologia de aula passeio. Portanto, a partir das experiências de um professor foi possível verificar que apesar dos percalços enfrentados ainda foi viável estabelecer diálogos e reflexões quanto a abordagem da região amazônica a partir de uma ótica de quem a integra e vivencia.