A educação no Brasil enfrenta o desafio de transcender os limites do ensino tradicional, adotando uma abordagem mais abrangente e inclusiva, que vá além das avaliações baseadas apenas em provas. A falta de qualidade no ensino e a repetência dos alunos são problemas comuns nas escolas, que muitas vezes recorrem à prática de reter estudantes que não atingem êxito nas avaliações (Fletcher, 1984; Klein e Ribeiro, 1991). Uma proposta para enfrentar esses desafios é integrar tecnologia e educação, como exemplificado pelo projeto implementado em Conceição da Feira, Bahia, pelo sistema de ensino Dulino em parceria com a secretaria de educação municipal. O objetivo é tornar a educação mais equitativa, envolvente e completa, através do método C2E - Compreender, Executar e Expandir. Essa abordagem foca no desenvolvimento de habilidades socioemocionais dos alunos, como tomada de decisão, criatividade, trabalho em equipe e autonomia, utilizando materiais pedagógicos variados, como livros, cartilhas e ambientes virtuais. Durante as aulas, os alunos contam com o apoio de monitores que atuam como mediadores e orientadores durante o processo de ensino-aprendizagem. Desde a implementação do projeto, houve um aumento significativo no interesse dos alunos pelas atividades escolares, além de avanços mensuráveis no desempenho acadêmico, incluindo a realização de projetos científicos e tecnológicos aprovados em feiras interestaduais. Também observou-se um desenvolvimento cognitivo em alunos com comorbidades e limitações cognitivas, permitindo um ensino de qualidade para todos, inclusive os grupos marginalizados. Concluindo que, a integração da educação tecnológica no ambiente escolar tem potencial para promover uma educação mais inclusiva, equitativa e envolvente, facilitando o desenvolvimento social dos alunos. Essas iniciativas representam passos importantes na construção de um sistema educacional mais justo e eficaz para todos os estudantes.