O artigo discute o Ensino de Arte que é oferecido nas escolas da rede pública estadual nos sertões do Rio Grande do Norte e da Paraíba, sublinhando o contraste existente entre a realidade das unidades de ensino situadas nas capitais desses estados, Natal e João Pessoa, respectivamente, em relação às escolas do interior, quanto à oferta de professores com formação específica na área de Arte. Enquanto nas capitais e regiões metropolitanas muitas escolas conseguem ter professores em seus quadros com graduação em alguma linguagem da área de Arte, no interior dos estados supracitados o que se observa normalmente é um Ensino de Arte improvisado pelas instituições escolares, com a chancela das secretarias estaduais e municipais de educação. Baseado em Fonseca da Silva (2019) e Barbosa (2016), entre outros, além da empiria transpassada pelo cotidiano de seis unidades de ensino, cria-se uma tessitura reflexiva a respeito dessa situação. É preciso continuar tensionando os estados para que estes cumpram os termos da lei (LDB 9394/96) e das diretrizes curriculares elaboradas pelo governo federal, no sentido de manter o Ensino das Artes nas escolas, atrelado a uma sólida formação inicial e continuada de professores, a fim de garantir educação de qualidade para todos os estudantes vinculados as redes públicas e privadas de ensino.