A formação inicial configura-se como ponto de partida no processo formativo dos profissionais que atuarão diretamente com as aprendizagens e socialização de crianças, adolescentes e adultos, viabilizando a promoção de uma educação básica com significado, que contemple a realidade do aprendente e suas necessidades cognitivas. Imbernóm (2004), André (2010), García (2020) e Nóvoa (2022) tratam a formação inicial como o período de apropriação de conhecimentos teóricos e práticos que fornecem fundamentação teórico-metodológica para a prática do ensino. Nesse contexto, o estágio supervisionado tem como função inserir os futuros docentes na comunidade escolar e em seu dia a dia, favorecendo experiências que impulsionarão seu desenvolvimento e compreensão da profissão. A vivência em sala de aula com os alunos e o professor supervisor, a observação e a regência, não são apenas protocolos que devem ser seguidos para cumprimento de carga horária, é o momento para aplicação dos conhecimentos advindos das disciplinas ofertadas pelo curso de licenciatura. O objetivo desse trabalho é refletir sobre o estágio obrigatório como meio para o desenvolvimento do futuro profissional, a partir das memórias, anotações, diário de campo e diálogos construídos e elaborados no decorrer das experiências como estagiária. Inserir-se no ambiente escolar configurou-se um divisor de águas na construção formativa e desenvolvimento dos saberes docente, além de suscitar o compromisso de promover uma educação que atenda as individualidades e desenvolvam seus aprendentes.