O presente artigo relata uma investigação acerca das concepções de currículo dos professores formadores da rede estadual de Pernambuco, especificamente de uma Gerência Regional de Educação. Considerando a demanda de avaliações externas, sobretudo o SAEB e SAEPE, que prescreve a concepção de currículo enquanto matriz, buscamos observar os possíveis conflitos entre as diferentes perspectivas que perpassam o discurso dos professores formadores, a matriz curricular de Pernambuco e as políticas de avaliação externa. A pesquisa se caracteriza enquanto exploratória de abordagem qualitativa, tendo como principais instrumentos a análise documental e a entrevista semiestruturada. Os resultados obtidos apontam para um distanciamento entre o que os professores formadores compreendem por currículo e as exigências existentes nas matrizes curriculares na lógica da avaliação externa. Frente aos resultados, argumentamos que o currículo se constitui a partir de todas as experiências nucleares que se desdobram no contexto escolar, não se restringindo à ideia de uma matriz conteudista prescritiva.