Tornar-se professor com as qualidades de ser/estar atualizado cientificamente e sensível é uma construção inacabável àqueles que já estão no mercado de trabalho, e decerto mais ainda aos que estão em processo formativo, ou seja, graduandos. Nesse sentido, este artigo reflete sobre a importância do envolvimento de acadêmicos de dança com a vertente “extensão”, e descreve as principais experiências envoltas entre teoria e prática, na graduação de Dança, ante ao projeto PsicoDança. Dado projeto resulta de duas instituições públicas, na cidade de Manaus, sendo uma da Sáude e outra da Educação Superior, em que duas profissionais perceberam a necessidade de atender as crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais, que procuravam os serviços de saúde para assistência ante as queixas escolares (comportamentos “inadequados” e/ou dificuldades de aprendizagens). A partir disso, indicaram atividades terapêuticas de dança, por acreditarem que práticas corporais, corroboram de sobremaneira ao cenário citado. Isso posto pontuamos que à eficácia do trabalho, a equipe envolvida (em sua maioria graduandos) precisa ter sintonia sobre o olhar para as necessidades especiais, e que a técnica é muito importante, mas não tão eficaz sem humanidade. Assim, nosso objetivo foi descrever como a experiência em extensão é compreendida pelos acadêmicos de dança no que tange a formação universitária e o quanto a vivência no psicodança fomenta a compreensão sobre inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais. A metodologia condiz com um trabalho de campo, de cunho qualitativo, em viés exploratório, que tem como participantes nove acadêmicos. Os dados foram coletados por entrevista semiestruturada, e os relatos investigados conforme a análise de conteúdo, os principais resultados apontam que o envolvimento no projeto de extensão otimiza tanto o processo formativo quanto a relação entre a universidade e a comunidade, quanto reflete a ação terapêutica da Dança agregando sentidos a todos os envolvidos.