Este trabalho, realizado no âmbito do ensino-aprendizagem de Bioquímica, de um curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, visa apresentar uma proposta eficaz para promover o ensino-aprendizagem ativo de um componente curricular que, muitas vezes, é considerado difícil ou complexo. Ele foi realizado a partir da análise de relatórios de aulas práticas que foram desenvolvidas em fases. A fase 1 consistiu no planejamento da disciplina de Bioquímica. Nela foram realizadas pesquisas na internet sobre vídeos e textos, com o tema biomoléculas, bem como sua análise e seleção. Na fase 2, ocorreu a indicação dos vídeos aos licenciandos. Eles elaboraram roteiros de aulas práticas a partir dos vídeos, testaram as aulas práticas propostas nos roteiros, realizaram sua execução em laboratório e elaboraram relatórios das aulas práticas, a partir de modelo disponibilizado. Na fase 3, ocorreu a disponibilização de textos aos estudantes. Eles realizaram a elaboração dos roteiros a partir dos textos, seus testes em laboratório e a consolidação dos resultados em relatórios. Todas as atividades foram acompanhadas e orientadas pela docente da disciplina. A interação prática, confiante e exitosa dos licenciandos com a Bioquímica foi evidente. Além disso, houve produção de conhecimento e aprendizagem significativa, conforme indicaram os relatórios que evidenciaram o sucesso na autonomia do aprender-fazer. O atual contexto da formação de professores requer a fuga dos métodos tradicionais de ensino-aprendizagem, que estão focados no professor transmissor e no estudante ouvinte. Isso exige o protagonismo estudantil, que reflete uma forma aplicada de ensino-aprendizagem, a fim de preparar os licenciandos para o mercado de trabalho, conforme foi observado neste trabalho. Para que aprendam, os licenciandos precisam ter motivação e posse do conteúdo e do processo de aprendizagem. Sendo assim, por que não confiar a eles a autonomia do aprender-fazer, nos componentes curriculares que estão cursando, para tornar o ensino-aprendizagem ativo?