As nossas experiências adquiridas no percurso escolar são tomadas como definidoras para o reconhecimento das questões de gênero e educação sexual fornecendo um pertencimento ancorado num tipo de saber sobre os temas. O capítulo reflete sobre as experiências de estudantes do curso de Pedagogia da UEMG-Carangola no contato com os conhecimentos da Educação Sexual e questões sobre a feminização do magistério. Trata-se da última etapa da pesquisa: Homens na Pedagogia: desafios, conflitos e tensões pela presença masculina no ensino de/com crianças. A pesquisa conta com o Programa de Bolsas de Produtividade (PQ – 10/2022) da UEMG. O objetivo coletas impressões escritas das estudantes por meio de um roteiro de cinco perguntas sobre os assuntos. As respostas foram analisadas com base nos estudos de gênero com Louro (1997); Docência masculina com Ramos (2017); Masculinidades com Jablonka e Educação sexual com Furlani (2011). Os dados serviram para que pudéssemos compreender se as estudantes tiveram contato com o assunto no período de escola, como elas pensam as resistências das famílias ao tema e como enxergam a presença masculina no curso de Pedagogia. As respostas apontam para o receio de no futuro terem de abordar o assunto com os pais, a maioria das estudantes ou não tiveram contato com educação sexual na escola ou tiveram uma educação sexual higienista e biologicista. Todas entendem a importância dos homens cursando Pedagogia e acreditam que é necessário questionar a feminização do magistério e os preconceitos para que mais rapazes se interessem em ser professor de crianças.