O presente estudo pretende, por meio de uma revisão bibliográfica/documental, discutir a partir dos marcos legais que norteiam a formação de professores no Brasil como, nesse cenário, vem acontecendo a formação dos professores de Sociologia. A disciplina, que possui um histórico de significativa intermitência na educação básica brasileira, foi recentemente (re)inserida em um novo lugar de instabilidade ante a aprovação do Novo Ensino Médio (NEM) e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). De forma consecutiva, a política de formação de professores brasileiros foi também modificada, por meio da homologação da Base Nacional Comum para Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação) e, nesse sentido, o debate no trabalho aqui enunciado encaminhar-se-á através dessa relação entre o lugar que a disciplina de Sociologia ocupa (ou não) na educação básica do Brasil e de que maneira a ocupação (ou não) desse lugar reverbera na formação e atuação dos licenciados que estão à frente da disciplina na escola básica. As reflexões aqui levantadas são orientadas, essencialmente, pela legislação que norteia a formação de professores no Brasil, além das contribuições de Melo e Morais (2019), Arroyo (2021), Oliveira (2016), Gatti (2008, 2010, 2011), Tardif e Lessard (2013), entre outros. Sinteticamente, a formação docente e a história da Sociologia na educação básica são as dimensões conceituais trabalhadas nesse estudo que busca, portanto, estabelecer o caráter relacional entre elas entendendo que o histórico intermitente da disciplina na escola oferece elementos para muitas questões no que diz respeito a formação de seus professores e, numa via de mão dupla, também o ensino da disciplina acaba sendo afetado.