O nascimento do Paidagogo ocorreu na Grécia antiga, cujo significado paidós “criança” e agodé “condução”, condutor de criança, um humilde escravo que ganha relevo no processo filosófico-pedagógico-educacional, por ser o responsável pela educação moral. Nesse diapasão, o propósito desse artigo foi analisar o conceito e as práticas constituintes do Pedagogo na teoria de Platão, buscando aproximações com as teorias do século XIX, verificando quem foi e qual o papel a ele atribuído pelos teóricos que fundamentam a educação. Desse modo, foram compulsadas obras de Platão, Comênio, Pestalozzi, Herbart, entre outros e de seus comentadores, caracterizando um processo descritivo sobre o ideário do pedagogo, delineando as transformações de suas atribuições na trajetória educacional. Nessa perspectiva, há um entendimento da importância do pensamento de Platão para os teóricos posteriores, bem como àqueles do século XIX, apogeu da modernidade, caracterizado por grandes revoluções, período em que as indústrias e as comunicações cresceram significativamente, influenciando o aumento da população urbana, que vai desembocar numa expansão da educação primária pública. É nesse século que teremos no campo educativo a influência de vários estudiosos que buscam inovar a educação, refletindo sobre as necessidades sociais e o tipo de sujeitos para atuar na sociedade. Os direcionamentos tomados nesse estudo permitiram ratificar a importância do pedagogo desde sua nascitura como “Condutor da criança”, ampliando sua função ao longo dos séculos até assumir o protagonismo no campo educacional.