O presente trabalho aborda os ciclos econômicos do Brasil compreendidos entre meados do século XVI e início do século XX e a relação com o contexto educacional de cada período, refletindo sobre as consequências causadas aos segmentos populacionais menos favorecidos economicamente. Busca analisar, nesse percurso histórico, quem teve menos acesso a educação e quem foi menos favorecido economicamente, e por outro lado, quem teve mais acesso à educação e quem foi mais privilegiado economicamente. Metodologicamente, a análise é do tipo qualitativa, consistindo em um estudo bibliográfico, a partir dos estudos das obras de Bianchi (2012), Dias (1921) e Fausto (1996) que fundamentaram a pesquisa sobre a história do Brasil e a implantação dos ciclos econômicos. Já o recorte sobre a evolução da educação no Brasil foram embasados em: Arelaro (2007), Fonseca (2014), Gadotti (1996) e Saviani (2008, 2010). A formação econômica foi fundamentada em Furtado (2005), Souza (2011) e Vares (2012), entre outros autores. Os resultados preliminares indicam a ocorrência de exclusões sociais e econômicas sofridas por significativa parcela da população brasileira e os impactos educacionais negativos que perduram até os dias atuais. Por essa análise, pode-se concluir provisoriamente, que a educação no Brasil vai para além de uma crise de um sistema que não deu certo ao longo da história, e vai na direção de um projeto elitista que deixou à margem as populações mais pobres, e por consequência, destituídas de direitos.