No estado da Paraíba, a partir da década de 1920, a educação escolar foi se reorganizando de conformidade ao ideário político-pedagógico da Escola Nova. Mediante a necessidade de renovação da educação escolar, as ideias do movimento escolanovista foram se materializando por meio de medidas adotadas pela Diretoria do Ensino Primário, voltadas a modificar a cultura pedagógica docente e a promover a escolarização das crianças paraibanas. Tendo em vista a contextualização proposta, o artigo objetiva analisar os resultados da pesquisa intitulada “Métodos e processos de ensino na escolarização da(s) infância(s) paraibana(s): diálogos com a Escola Nova e a história dos Grupos Escolares” (PIBIC/UFCG 2021-2022). A análise dos métodos e processos de ensino introduzidos na educação escolar paraibana, no período de 1930 a 1950, se efetiva, dessa maneira, em correspondência aos fundamentos da Escola Nova e ao desenvolvimento histórico dos grupos escolares. O aporte teórico-metodológico, por sua vez, se vincula à teoria da forma e do modo escolar de socialização. Enquanto fontes documentais, o trabalho envolve o exame de escrituras escolares, programas de ensino, conferências que compuseram as semanas pedagógicas, decretos e atos oficiais do Departamento de Ensino publicados na Revista do Ensino da Paraíba (1932-1942). Como fontes teóricas, o estudo das obras de Froebel, Montessori, John Dewey, Decroly e Anísio Teixeira. Realizados esses procedimentos, conclui-se que a introdução de novos métodos e processos de ensino, na educação escolar paraibana, evidencia as intenções políticas do estado da Paraíba de se constituir enquanto símbolo de progresso, modernidade e modernização; predominando os princípios científicos postulados pela Escola Nova, cujos fundamentos políticos, filosóficos, sociológicos e pedagógicos visavam promover a plenitude do desenvolvimento humano, com ênfase no trabalho e no progresso socioeconômico, transformando a escola com base nos interesses, atividades e necessidades das crianças.