Na educação básica está havendo cada vez mais um processo em se buscar uma justificativa ao baixo desempenho escolar mediante a culpabilização por uma patologia. O sentido atribuído ao abordamos no artigo de patologização e medicalização do ensino consiste em rastrear soluções doentias e de tratamentos farmacológicos para problemas no ensino que têm uma outra origem, como de cunho social, estrutura escolar ou nas metodologias de ensino. Procura-se responsabilizar o aluno por sua baixa aprendizagem através de patologias inexistentes. No artigo temos como objetivo a discussão da substituição de terceiros elementos que originariam as dificuldades de aprendizagem por patologias, que devem ser tratadas com médicos e profissionais de saúde, além de abordarmos o poder do laudo médico no ensino, assim como os medicamentos no cotidiano dos alunos com baixo desempenho escolar. Com isso, a presente pesquisa teve como metodologia uma revisão bibliográfica narrativa, em que as bases de dados investigadas foram as plataformas da SciELO, Google Acadêmico, Academia.edu, além de livros. Dados levantados na pesquisa mostraram que, no Brasil, as disfunções neurológicas que mais são citadas como causa para o baixo desempenho do alunado, havendo um maior número de diagnósticos, são: o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno de Espectro Autista (TEA), os Transtornos de Aprendizagem (dislexia, discalculia, etc.) e o Transtorno Opositor Desafiador (TOD).