O presente estudo foi elaborado a partir de um relato de experiência advindo de um projeto de iniciação científica, desenvolvido com por um grupo de adolescentes homens de uma escola Estadual Pública do interior do Maranhão, Brasil. Nesse sentido, o trabalho tem como objetivo geral destacar os espaços que possibilitaram aos adolescentes do sexo masculino expressarem seus pensamentos acerca de questões que perpassam sua existência, como, por exemplo, questões de gênero, violência e sexualidade. Além disso, buscou-se identificar suas vulnerabilidades tornando-os protagonistas de seu processo de desenvolvimento. Houve a assistência da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), através do Curso de Enfermagem no Campus Bacabal, e apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) para o desenvolvimento de algumas ações. Quanto à metodologia, foi de abordagem qualitativa, com aproximação da pesquisa-ação, sendo realizadas oficinas por um acadêmico de Enfermagem sob orientação de uma professora universitária, para dez adolescentes entre a faixa etária de 13 a 18 anos. Destaca-se que esses jovens serviam de multiplicadores da proposta, repassando as aprendizagens para os demais estudantes daquela escola. Como resultados pode-se destacar que foram realizadas durante 12 meses, 50 oficinas sobre diversos temas, a saber: infecções sexualmente transmissíveis (IST), gravidez e paternidade na adolescência, violência, Bullying, preconceito. Já nas rodas de conversa, os adolescentes apresentavam o que aprendiam durante as oficinas para outros adolescentes (homens e mulheres) da mesma escola. Ao final das atividades, é possível argumentar que existe a necessidade de articular espaços para que os adolescentes dialoguem sobre suas inquietações. E assim, compartilharem suas subjetividades para os demais pares. Espaços estes que podem ser na escola, ou em grupos direcionados, como o presente, proporcionado pelo Curso de Enfermagem.