A presente discussão tem como objetivo refletir sobre o papel da psicomotricidade para o desenvolvimento e a aprendizagem dos bebês e das crianças pequenas e bem pequenas atendidas na Educação Infantil – EI. Este estudo apresenta metodologia qualitativa, tendo sido inicialmente realizada uma revisão de literatura a partir das contribuições de trabalhos de Piaget, Vygotsky e Wallon e de seus comentadores, além de uma pesquisa com documentos que regulamentam a atuação docente na EI: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN (BRASIL, 1996); Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – DCNEI (BRASIL, 2009); e Base Nacional Comum Curricular – BNCC (BRASIL, 2018). Com este intuito, foram apresentados conceitos fundamentais de cada teoria a partir de sua base epistemológica, bem como orientações normativas sobre atuação docente na EI, ressaltando a brincadeira como um direito fundamental infantil que deve ser respeitado e assegurado nos espaços de EI a fim de romper com práticas seculares que perspectivam os sujeitos da infância como seres cindidos; censuram o movimento e o seu potencial expressivo. Considera-se, portanto, que a psicomotricidade, enquanto dimensão constituinte da pessoa como ser completo, desempenha um importante papel para o desenvolvimento e a aprendizagem dos sujeitos da infância, devendo a atividade psicomotora estar integrada às propostas e práticas pedagógicas das instituições de EI, promovendo, assim, seu desenvolvimento integral.