A Pandemia (Covid-19) acarretou milhares de mortes diversas implicações na forma de vida, relações de trabalho, distanciamento, com implicações educacionais, sociais, políticas e econômicas. E, em especial, com o fechamento das escolas e o desenvolvimento de práticas educativas de forma “remota”, sendo denominada de “ensino emergencial”. Com o contexto de fechamento das escolas, medidas de início de vacinação e planos de retomada, culminou no progressivo retorno ao presencial no contexto da Educação Básica e, especificamente, do público-alvo da Educação Especial (PAEE). Com o intuito de investigar: quais ações e práticas inclusivas para os estudantes PAEE, estão previstas nos planos de retomada ao ensino presencial, na rede pública municipal de Palmeira dos Índios/AL e Santana do Ipanema/AL? Assim, o presente trabalho objetiva analisar os planos de retomada ao ensino presencial, no âmbito municipal de Palmeira dos Índios/AL e Santana do Ipanema/AL, com ênfase na educação especial/inclusiva nas escolas públicas municipais alagoanas. O referencial teórico está pautado nas teorizações da psicologia sócio-histórica, com base em Vigotski. A pesquisa foi do tipo documental, com análise de conteúdo temática, a partir dos planos de retomada dos municípios supracitados. Os planos apresentam a proposta de retomada, inclusive do PAEE como modalidade específica. E, no Plano de Palmeira com a possibilidade de volta antes do previsto, a depender da condição dos estudantes PAEE. Contudo, não apresenta alternativas aos estudantes com comorbidades que na época não tinham condições reais de retorno sem a vacina, em especial, a ausência de acompanhamento e/ou suporte aos que ficaram impedidos de retornar ao presencial. Em suma, os resultados, de forma geral, apontam para o silenciamento de condições materiais e objetivas de acesso aos estudantes PAEE.