Este texto é um excerto da tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Educação da UFMS, com o objetivo de apresentar e analisar a avaliação da aprendizagem no contexto da educação inclusiva voltando o olhar para a perspectiva cultural-histórica. Avaliar faz parte do ser humano em toda sua trajetória histórica e evolui com a transição e evolução do conhecimento da sociedade. Da mesma forma, na educação, esse costume de avaliar existe e vem se modificando em sua estratégia e método, conforme o passar do tempo. Nessa perspectiva, compreender a emergência do sujeito cultural- histórico e a produção de sentidos subjetivos podem contribuir para configurar a aprendizagem como significativa tanto aos estudantes quanto aos professores, buscando desenvolver as dimensões sensíveis da relação com o outro, ao considerar a diversidade humana e o respeito às diferenças como parte do trabalho essencial do ensino/aprendizagem na formação de professores. Dessa forma, apresentamos argumentos que nos levam a compreender que a Teoria da Subjetividade poderá contribuir para ampliar o escopo das transformações da escola e da própria sociedade, ajudando a ampliar as possibilidades do trabalho pedagógico do professor na educação especial e em todas as demais ações educativas e complexifica a compreensão dos processos, das relações e motivações por meio de seus recursos teórico-metodológicos abrindo caminhos para as transformações. Concluímos que, pensar a escolarização e especificamente a avaliação do estudante com surdez baseado em Vigotski é compreender que cada ser humano possui um contexto histórico subjetivo, por isso, específico, implicando na necessidade de preparação para o exercício da docência, a fim de reconhecer a diversidade dos sentidos subjetivos individuais e sociais para promover uma avaliação da aprendizagem na qual ele faça parte desse processo de maneira ativa.