Muito se discute acerca das políticas de democratização de acesso ao ensino superior que oportunizem aos estudantes a possibilidade de continuar seus estudos, melhorar sua qualificação e ampliar suas possibilidades de crescimento social e de alcançar melhores condições de vida, sendo necessário destacar que as políticas de acesso ao ensino superior não preveem ações ou avaliações relacionadas à permanência desses estudantes nas Instituições ou a efetiva formação dos mesmos. A permanência qualificada dos estudantes demanda a observação e compreensão do cotidiano no campus universitário, com suas peculiaridades e a influência dos aspectos sociais e culturais que permeiam esse ambiente, além do entendimento dos desafios enfrentados e necessidades desses estudantes para prosseguir com a formação acadêmica, de modo a evitar a desmotivação e evasão. O presente trabalho faz parte de um grupo de pesquisas em andamento e objetiva identificar a importância das políticas de acesso e permanência no processo de inclusão e formação de estudantes de classes sociais desfavorecidas. Para isso foi realizada análise documental e bibliográfica de políticas afirmativas e de seus resultados no período de 1995 até 2018 (relação entre o quantitativo de alunos matriculados e evadidos, assim como a relação entre alunos ingressantes e formados no referido período).