O Brasil enfrentou, além da pandemia da covid 19, outro inimigo, uma crise política. Em um momento de tantas incertezas, a sociedade viu-se desamparada pelo governo do país. Passados mais de três anos, foi necessário seguir em frente, readaptar à volta do novo normal, mas como lidar com as feridas e perdas de uma época tão sofrida? Diante disso, a temática do perdão emerge nesse cenário. É possível perdoar aqueles que fecharam os olhos durante uma crise sanitária mundial? O presente artigo objetivou reunir as bases teóricas do perdão nessa esfera, a partir da obra dos autores Hannah Arendt, Paul Ricoeur e Donald Shriver e especificamente, relatar suas perspectivas teóricas, com o propósito de aproximar o leitor acerca do conhecimento científico sobre a temática, analisando o desenvolvimento do tema nas perspectivas desses autores. Além disso, pensando nos novos caminhos a serem trilhados dentro da escola discutiremos essa temática atrelada a resolução de conflitos e como isso pode ser benéfico no desenvolvimento de crianças e adolescentes preconizando por uma educação pautada na empatia e no respeito ao outro. Para tanto, foi adotado como metodologia a revisão narrativa da literatura, buscando realizar uma síntese conceitual das várias nuances acerca do perdão na esfera política. Diante do exposto, a temática do perdão, dispõe de muitas reflexões e torna-se atual quando se pensa em relações interpessoais e relações de indivíduos com uma sociedade. Os autores demonstraram possuir pensamentos e direções distintas acerca do perdão. Com isso, pode-se concluir que o perdão é uma chave para a resolução de conflitos que possam vir a existir em ambientes educativos, a partir de estratégias de conciliação, que devem ser compreendidas não só pelos educadores, como também, está inserido no processo educativo.