O presente trabalho, recorte de uma tese de doutorado já defendida, que investigou a participação e o controle social na gestão financeira de Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEJAs) — unidades escolares públicas, que atendem a modalidade Educação de Jovens e Adultos, em regime semipresencial, por módulos — por constituir parte integrante da política pública de financiamento da educação no país, objetiva refletir sobre os limites e possibilidades dessa política, exercida por Associações de Apoio à Escola (AAEs), segundo regras específicas de composição e participação. Trata-se de um estudo de casos, realizado em cinco CEJAs, na região metropolitana do estado do Rio de Janeiro, que objetivou compreender como se faz o exercício desse controle social, e se esse exercício e a participação que ele exige contribuem para a qualidade da gestão pública escolar. Realizei observação sistemática desses espaços e por meio de questionários, captei concepções de sujeitos estudantes, professores e funcionários; e complementarmente entrevistei, também, gestores, buscando saber do total de 1589 informantes como, por que e para que se participa e se exerce o controle social nesses espaços. Do campo empírico emergiram diversos conteúdos relacionados às categorias participação e controle social e os motivos para não participar foram atentamente observados. Indícios encontrados nos conteúdos e em algumas práticas observadas no campo empírico sustentam a validade da hipótese formulada, ampliando a compreensão do referencial teórico adotado, não sem perceber os limites que a realidade impõe a esse exercício, o que compromete a efetividade das práticas, especificamente quanto à gestão financeira, que permanece sendo o desafio a ser enfrentado.