Quem são os marginalizados das salas de aula? Quem são os que ficam “de fora” da escola? A experiência na escola nos confronta com uma abordagem plural dos corpos indesejados da escola, negros e negras, LGBT’s, os pobres, as meninas... essa lista poderia aumentar de diferentes formas. Os trabalhos com questões de diferença na escola revelam, nas narrativas de alunos e alunas, que casos de violência, lgbtfobia, racismo, machismo, misoginia e capacitismo podem ser fatores de abandono escolar e baixo rendimento de crianças e adolescentes. entre os objetivos que recortam esta esta pesquisa, está o de buscar ouvir os interlocutores que já traçaram esse caminho, aqueles que já foram empurrados para fora uma vez, aqueles que são os sujeitos por trás dos números de abandono e evasão escolar. Através da coleta de entrevistas junto a alunos de escolas de de Ensino de Jovens e Adultos de Curitiba, busca-se dar pessoalidade e rostos às narrativas que tão bem conhecemos, ouvir seus relatos, suas razões, como eram as relações com professores, colegas e o espaço escolar, buscando além daqueles que o sujeito afirma serem seus motivos de abandono da escola, como as razões de conflito internas podem se projetar ao longo da vida do estudante e influenciar suas decisões. Por meio de uma análise com viés interseccional, buscamos perceber como os recortes de gênero, raça e classe circundam as histórias contadas pelos alunos evadidos no Paraná.