O artigo trata da importância da incorporação da educação para as relações étnico-raciais na formação de licenciandos de Geografia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - Campus Crateús. Tais estudos são um desafio atualmente para professores e futuros professores, por sua urgência, e contribuir para o combate ao racismo e preconceitos dentro das escolas. Abarca a geografia por esta ciência requer do estudante, pensamento crítico, análise sócio-espacial, e estudo sobre a formação do território e sua população, sendo neste aspecto que o artigo se estrutura, já que o Brasil, forma-se por povos indígenas, africanos e europeus, dentre outras etnias imigrantes ao Brasil, durante os anos coloniais ou posteriormente. Têm-se como objetivo averiguar quais as possíveis formas de contribuição dos estudos étnico-raciais na formação do professor de geografia, como a Lei 10.639/2003 e 11.645/2008 estão contempladas dentro da grade curricular do referido curso, construindo assim uma educação antirracista. A metodologia configura-se em bibliografia ancorada em Almeida (2019); Brito (2011); Giroux (1997); Gomes (2008); Negreiros (2017) e Silva (2013), que tratam sobre a importância da relevância da temática ancoradas nas leis supracitadas, e a contribuição destas para a formação inicial dos futuros docentes; pesquisa documental, a partir de uma análise do Projeto Pedagógico do curso em questão, verificando como os estudos étnico raciais são abordados nas ementas e ao longo de todo o PPC; pesquisa de campo, a partir de uma entrevista estruturada aplicada a licenciandos e docentes do curso, objetivando compreender a importância da educação para as relações étnico raciais. O artigo é necessário diante do cenário de bases da formação do território brasileiro e sua população, além da contribuição dos estudos étnico raciais na construção acadêmica, pessoal e social do licenciando em geografia, preparando o mesmo para contribuir com uma educação plural e sociedade antirracista.