A presente pesquisa busca problematizar reflexões sobre concepções e práticas para o uso da tecnologia na atuação escolar do professor de apoio especializado. Em especial, a proposta trata a inclusão como direito de todas as pessoas com deficiência, buscando, assim, uma prática menos preconceituosa e segregacionista. Nesse âmbito, o estudo coloca como questão de pesquisa: Como professores de apoio especializado (AEEs) da rede municipal de ensino do município de São Gonçalo/RJ compreendem as TICs como instrumento mediador de práticas pedagógicas inclusivas no cotidiano escolar? Diante da pergunta, a hipótese proposta, que se mostrou válida no recorte considerado na pesquisa, é que os professores do AEE podem considerar a importância das TICs a práticas pedagógicas inclusivas, porém lhes faltam instrumentos teórico-práticos para utilizar essas tecnologias com mais eficácia no cotidiano escolar. O objetivo geral do estudo é refletir sobre compreensões docentes das TICs como instrumento mediador de práticas pedagógicas inclusivas no Atendimento Educacional Especializado – AEE da/na escola básica. Para tanto, foi empregado um desenho metodológico qualitativo composto por rodas de conversa com professores de duas escolas da citada rede de ensino e análise de conteúdo. Em síntese, a abordagem aponta que as tecnologias digitais podem auxiliar significativamente a construção de currículos e práticas pedagógicas inclusivas no espaço escolar, contudo essas medidas passam pela ressignificação e ampliação coletiva e crítico-reflexiva dos saberes docentes, subsidiadas por uma formação continuada que possa responder a tal desafio. Frente ao exposto, o estudo propõe, como alternativas possíveis e desejáveis, o incremento nos investimentos públicos na infraestrutura escolar, a adoção de olhares inclusivos e construtivistas sobre a educação escolar respaldados por uma formação continuada de caráter críticoreflexivo e de parcerias entre os diversos profissionais docentes envolvidos no cotidiano escolar.