Este trabalho explora a relação entre os espaços não-formais de ensino e a prática da educação em saúde na Educação Profissional e Tecnológica (EPT). O estudo é parte de uma pesquisa exploratória, com apoio documental e bibliográfico, com abordagem qualitativa que investiga os espaços pedagógicos para a prática da educação em saúde em um Campus do Instituto Federal de Alagoas, desenvolvida no ProfEPT/Ifal na linha Organização e memórias de espaços educativos na EPT. Ao longo da pesquisa verificou-se que, embora a EPT esteja alicerçada em uma concepção de formação omnilateral, a saúde é um tema pouco explorado nos currículos do Ensino Médio Integrado e nas atividades formais de ensino. Entretanto, os Institutos possuem um quadro profissional de Técnicos administrativos em educação (TAEs) formados em áreas como enfermagem, medicina, odontologia e psicologia e que, como parte de suas atribuições, promovem orientações e trabalhos de prevenção de doenças e cuidado com a saúde. Verificou-se que a educação em saúde, mesmo quando realizada pelos TAEs do Ifal, por não se tratar da atividade fim, é uma atividade não-formal de ensino que disputa os espaços da Institucionais com as atividades formais de ensino. Embora a realização da educação em saúde se configure como um desafio, é possível explorar o uso dos espaços não-formais, como os murais, os corredores, as áreas de convivência e as estruturas como auditórios, salas de vídeo e salas de reuniões. Justamente por se configurar como ação não-formal, a educação em saúde pode e deve se valer dos pressupostos de uma concepção pedagógica que compreende os estudantes como seres históricos, para quem o universo cultural contribui no processo formativo. Ao ocupar esses espaços, os profissionais da saúde fazem dos Institutos um espaço não-formal para a prática da educação em saúde e contribuem para que a EPT cumpra seu papel formativo.