O presente artigo trata sobre o processo de construção da identidade profissional e pessoal de professores, na formação inicial, por meio das narrativas. O objetivo deste trabalho é explorar outros dois processos que condicionam essa construção - o de lembrar e o de existir - e entender como essas narrativas influenciam no desenvolvimento dos futuros profissionais professores. As narrativas foram trabalhadas a partir dos estudos de Nóvoa (1992), os conceitos de memória e coexistência foram abordados a partir do ponto de vista de Andrade (2002). A perspectiva no movimento existencialista do século XIX foi fundamentada com Sloterdijk (1998). A intercomunicação e interconstituição com a formação e práticas docente se deu a partir dos estudos de Freire (1996). A perspectiva metodológica adotada foi de uma abordagem qualitativa e descritiva. Os dados foram coletados a partir das narrativas produzidas por licenciandos, na disciplina Prática como Componente Curricular 1 – parte 1, no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas-UFAL, as quais foram compartilhadas em sala. Os resultados apontam para a fundamental importância das histórias de vida no desenvolvimento e construção da identidade docente por meio da relação indissociável de coexistência do Eu com o Outro, na qual ambos, simultaneamente, se formam e informam quem são.