Os estudantes do terceiro ano do Ensino Médio são convocados a decidirem sobre o seu futuro acadêmico e profissional após a escola, tal fato é bem ilustrado pelo acontecimento do vestibular. Atualmente, no Brasil, existe - além do Ensino Técnico, do empreendedorismo e do mercado formal e informal de trabalho - a possibilidade para esses jovens ingressarem no Ensino Superior, através dos vestibulares públicos e privados, que, geralmente, ocorrem nos meses finais do ano. Naturalmente, tais momentos costumam ser um marco na vida dos estudantes, gerando inúmeras emoções e, por vezes, sofrimento psíquico em decorrência da responsabilidade que essa escolha impõe. Sendo assim, o presente trabalho visa relatar a experiência de oficinas de cuidado em saúde mental no contexto do último ano do ensino médio de uma escola municipal de Campina Grande – PB. Tais atividades foram desenvolvidas durante os meses de setembro a dezembro de 2022, com quatro turmas - cada uma com aproximadamente 40 alunos com idade entre 16 e 19 anos - como parte de um projeto de extensão do curso de Psicologia da Universidade Federal de Campina Grande. A metodologia utilizada nas oficinas foram as conversações, sob orientação da teoria psicanalítica, como maneira de possibilitar um ambiente de fala e escuta para dar tratamento ao mal-estar.