Considerando que o jogo pode colaborar para tornar o processo de ensino-aprendizagem motivador, lúdico e interativo, contribuindo assim para aquisição dos conhecimentos escolares, o presente artigo tem por objetivo apresentar o jogo digital “Como se escreve?”, desenvolvido pela professora pesquisadora, e refletir sobre a sua contribuição no contexto escolar como proposta para minimizar os desvios de escrita em alunos do 6° ano de uma escola pública da rede estadual da Paraíba, localizada no município de João Pessoa. Baseados nos pressupostos teóricos de Cagliari (2002), Silva (2014), Bortoni-Ricardo (2006) e Faraco (2003), discutiremos a importância de um aprendiz de língua materna que reflete sobre a interferência da oralidade na escrita da Língua. A partir de uma abordagem qualitativa (pesquisa-ação) de cunho intervencionista, pretendemos, neste artigo, fundamentados nos conceitos de Kishimoto (2011), Huizinga (2007) e Mattar (2010), e através da utilização do jogo “Como se escreve?”, propor aos estudantes, enquanto jogam, a reflexão sobre os processos de monotongação e ditongação, desafiando-os a reverem os desvios de escrita para aperfeiçoá-la, contribuindo, desse modo, para recuperação das aprendizagens perdidas de estudantes que tiveram seus índices na distorção idade/série agravados com a pandemia da COVID-19. Por fim, esperamos contribuir, evidenciando e discutindo os resultados obtidos, a partir de estratégias lúdicas de aprendizagem, para que o referido jogo possa ser utilizado por outros(as) professores(as), tornando-o replicável.