A LGBTQIA+fobia nas escolas consiste na prática problemática de toda e qualquer aversão às pessoas não heterossexuais e que não sejam cisgêneras, sendo postas a partir disso em segundo plano, mediante a estrutura curricular vigente, que fomenta as inúmeras condutas preconceituosas nas classes diariamente. A heterossexualidade e a cisgeneridade, ao serem definidas como padrão hegemônico, presumem a exclusão da comunidade que não se encaixa nesses padrões impostos pela escola. Nesse cenário, é possível observar que a heteronormatividade é ensinada das mais diversas formas nas rotinas escolares (SOUZA & TEIXEIRA, 2017) seja através de brincadeiras, atividades, conteúdos e punições orquestradas por professores e pela gestão contra alunos que fazem parte dessa minoria. Essa violência se estende de maneira mais agravada principalmente para com travestis e transgêneros, os quais, muitas vezes, não têm sua identidade respeitada e seus direitos atendidos, a exemplo disso, nas disciplinas de Ciências Biológicas, é comumente ensinado que o sexo biológico é a norma, ignorando o fato de que o gênero é uma construção social, o que acarreta na adoção de práticas pedagógicas excludentes em relação a esses indivíduos, que acabam por se sentirem invalidados e, consequentemente, provoca uma evasão escolar em massa. O objetivo deste artigo é compreender de que maneira pode ser feita uma reelaboração nas práticas pedagógicas de acordo com a diversidade sexual de cada estudante. Dessa forma, chegamos à conclusão de que o currículo escolar necessita de mudanças efetivas que visem à inclusão desse grupo marginalizado como sujeitos que tenham voz ativa e façam parte do processo de ensino-aprendizagem. Inserir o debate acerca das demandas da comunidade LGBTQIA + dentro do ambiente escolar se faz necessário, pois a escola, sendo a base da construção social, tem o poder de formar os educandos para serem indivíduos que respeitem a diversidade da sociedade da qual estão inseridos.