O presente trabalho trata-se de um relato de experiência de estágio em Psicologia Escolar-educacional em uma perspectiva histórico-cultural, com foco em uma das intervenções realizadas: um ciclo de debates sobre identidade e diversidade com professoras(es) da rede estadual de ensino em um estado do Nordeste. Partindo de questões postas pelo campo de estágio relativas à diversidade, objetivou-se debater sobre identidade, identificações e a diversidade de existências, compreendendo-a de modo mais ampliada e processual: como transformação, algo em constante construção a partir da história de vida (que é subjetiva e social) e dos papéis sociais que são colocados para o sujeito que, em alguma medida, aceita para si e age como tal. Foram realizados três encontros de forma remota e os participantes assinaram TCLE consentindo a gravação dos momentos para fins acadêmicos. Tais encontros envolveram discussões sobre o conceito de identidade-metamorfose-emancipação; uma dinâmica de identidade Nordestina e a relação entre diversidade e identidade, partindo de temas disparadores relativos a suas próprias realidades. Para promover a participação, foram utilizados recursos diversos como vídeos e músicas. De modo geral, foi possível refletir o que elas(es) entendem como papel da(o) professor(a); refletindo como elas(es) foram construindo sua identidade como professoras(es) - a partir das imagens que já tinham sobre como a(o) professor(a) deve agir e do reconhecimento dos outros, e da própria instituição escolar, como tais - como para refletirem sobre como essa visão (sobre seu papel) se relaciona com a forma que ensinam e o que reproduzem com seus fazeres. Por fim, só depois de debater identidade em dois encontros, discutimos diversidade; refletindo que todos tem identidade (não só quem tem uma identidade considerada desviante) e que é nosso papel respeitar e reconhecer.