O artigo analisa aspectos importantes do processo avaliativo nas escolas brasileiras e aponta a ausência da perspectiva da decolonidade na prática docente. Todas as tensões sociais presentes em nossa sociedade tem reflexo no ambiente escolar, assim, percebe-se que na prática avaliativa encontra-se elementos racistas que atuam fortemente na complexa relação professor/estudante. A cultura da violência, marca da nossa atual sociedade, e o descaso do poder público com a educação aumentam o cenário de estresse no espaço escolar. A violência nas escolas brasileiras é uma realidade. Utilizo como metodologia entrevistas com professores de Sociologia da Rede Estadual de Educação do Rio de Janeiro, observação participante e revisão bibliográfica. Diante das relações subjetivas da avaliação, indicamos que a prática meritocrática esconde grandes desigualdades no Brasil, encobre o racismo e não contribui para a redução das injustiças sociais na educação. Falta pedagogia continuada para professores, a formação dos docentes cada vez mais fragilizada e a discussão sobre avaliação não faz parte do cotidiano de trabalho na educação em grande parte das instituições escolares ou universitárias. A relevância deste trabalho está em trazer um tema crucial da educação brasileira, principalmente no contexto político conservador em que o país viveu há pouco tempo.