O Livro Torto Arado de Itamar Vieira Junior apresenta uma história fictícia, em um cenário histórico da humanidade, mais especificamente o contexto de pós escravidão, no Brasil. Diante disso, é feito um paralelo entre a realidade e a ficção do livro, objetivando apresentar a evolução das políticas educacionais Quilombolas desde o quadro histórico retratado na obra para a população negra, até a Educação Quilombola garantida legalmente, desse modo é possível sobrevoar por uma linha do tempo os direitos dos povos Quilombolas. Ademais, enquanto se é realizado o paralelo entre a ficção e a realidade, também busca-se retratar a questão da perda de identificação cultural destes povos, contexto fundamental para o estudo de políticas públicas relacionadas à garantia de direitos destes povos. Nesse viés, apresenta-se, outrossim, o cenário de uso desta literatura explorando sua função como documentação teórica ao ser proporcionada como material didático para abordar temas voltados para o espectro acadêmico-científico na perspectiva do cumprimento da Lei Nº 11.645/2008. Tais analogias fizeram-se perceptíveis por meio de levantamentos teórico-bibliográficos sobre os temas, sobretudo ressaltando as legislações brasileiras acerca da Educação Quilombola no Brasil, como também quanto às reflexões de Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido (1987) no que se refere à educação libertadora e sua influência na construção do pensamento crítico dos indivíduos. Logo, é possível discutir a evolução nas políticas públicas educacionais voltadas para a Educação Quilombola e ainda diversos eixos no ensino de geografia partindo do contexto da obra Torto Arado.