MATSUSHITA, Luciana Silva Torres. A comunicação na surdocegueira. Anais IX CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2023. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/95045>. Acesso em: 08/11/2024 04:57
A surdocegueira distingue-se pela combinação entre a deficiência visual (cegueira e baixa visão) e a auditiva (surdez e perda auditiva severa), sendo a Síndrome de Usher o tipo mais comum, caracterizando-se, entre outros aspectos, pela hereditariedade. A surdocegueira pode ser congênita, ou seja, desenvolvida antes da aquisição da linguagem e da memória, e a adquirida, em qualquer outra etapa da vida. Existe, como característica geral, o comprometimento dos processos típicos de comunicação. Este trabalho tem como objetivo geral apresentar como se caracterizam e qual a relevância da linguagem e da comunicação para o desenvolvimento global da criança em situação de surdocegueira congênita. A metodologia do trabalho fundamenta-se na pesquisa bibliográfica e documental, utilizando uma abordagem qualitativa para o tratamento e a análise dos resultados. A surdocegueira é provocada por fatores diversos, no entanto, em boa parte dos casos, as funções cognitivas da pessoa acometida estão preservadas. Deste modo, é necessário estimular os canais de comunicação a partir dos sentidos remanescentes, em especial do tato, a fim de que se constitua a linguagem da criança e que esta contribua para o seu desenvolvimento global. Apenas deste modo é possível garantir os seus direitos de participação na sociedade e na educação. A compreensão da tipologia e de técnicas mais elaboradas de comunicação, como a háptica, colabora também para o entendimento de aspectos multissensoriais da interação social na infância típica.