Uma educação pautada no agir dialógico nos liames do esperançar, articulando os saberes e os sujeitos educativos, cria condições de possibilidade na potencialização das aprendizagens escolares e torna-se um meio importante no distanciamento dos conceitos que foram construídos historicamente pelas ideologias colonizadoras. As representações colonizadoras sobre os povos indígenas contribuem na elaboração estereotipadas dos mesmos. Portanto, este artigo tem como objetivo refletir sobre a experiência da prática pedagógica na abordagem das culturas indígenas na turma do Ensino Fundamental, a partir da experiência na iniciação à docência no PIBID de História. Faz-se importante discutir as maneiras como os povos indígenas, no Brasil, foram representados tanto no percurso histórico, no espaço societário e nos materiais pedagógicos, desenvolver práticas educativas escolares que visem desconstruir visões estigmatizadas e colonizadoras sobre estes povos e suas culturas possibilita outros olhares a partir da sala de aula sobre a história deles. Como metodologia, partimos de uma intervenção pedagógica realizada em turmas do 7° ano e 8° ano, na discussão de conceitos presentes no imaginário dos discentes e a tentativa do distanciamento dos mesmos em relação a estes povos. Para a fundamentação teórica utilizaremos algumas referências, sendo elas: Daniel Munduruku (2003), Paulo Freire (1996), Maria Regina Celestino de Almeida (2010), Aníbal Quijano (2009) e Chimamanda Ngozi (2018). No que concerne aos resultados, partimos do princípio das representações negativas atribuída aos indígenas, na qual está relacionada ao processo de aculturação. Logo, percebe-se a importância da educação para o rompimento desses estigmas e colocar esses indivíduos no palco, como protagonistas da formação do Brasil.