A obsolescência programada e o consumismo desenfreado têm impactado de maneira devastadora o meio ambiente através da intensa exploração dos recursos naturais e pela gigantesca geração de resíduos sólidos, gerando desequilíbrios nos variados ecossistemas do planeta. Frente esta realidade, é imperativa a necessidade de ações de educação ambiental que estimulem a construção de um pensamento ecológico nos indivíduos, que promova a sustentabilidade através do consumo consciente dos recursos naturais disponíveis e o reaproveitamento dos resíduos existentes. A cultura “maker” é uma abordagem que possui pilares de sustentabilidade, criatividade e colaboração, que estimula os discentes a criarem com as próprias mãos, tornando-os protagonista de seu processo de aprendizagem. Entre as várias iniciativas desta abordagem, a reciclagem de materiais e a construção de novos objetos são ações passíveis de serem aplicadas como auxílio no processo de ensino-aprendizagem. Nesta perspectiva, este trabalho teve como objetivo aplicar a cultura “maker” como estratégia ensino na disciplina química para os alunos do curso técnico de design de interiores integrado ao ensino médio em uma instituição estadual de educação profissional do Distrito de Icoaraci, no município de Belém, no Estado do Pará, por meio do reaproveitamento dos resíduos sólidos inorgânicos gerados no ambiente escolar para a construção de novos móveis. Inicialmente, foram apresentados os conceitos de sustentabilidade, obsolescência programada, consumismo e os diferentes tipos de resíduos sólidos (madeira, metais, plásticos, borrachas, entre outros.) e seus impactos ambientais. Em seguida, os alunos escolheram diferentes materiais residuais para a confecção de seus projetos e, por fim, construíram novos móveis para escola. Observou-se que esta abordagem, estimulou a criatividade, a colaboração, uma melhor assimilação da disciplina, além de estimular uma cultura ecológica entre os discentes.