Este artigo refere-se ao relato de experiência desenvolvido a partir da disciplina de Psicologia e as Questões Étnico-Raciais visando discussões de enfrentamento ao racismo na escola. O racismo é o preconceito e/ou discriminação contra indivíduos a partir da sua raça e/ou etnia, desse modo, a discussão sobre a sua existência pode, e deve, ser inserida em diversos ambientes sociais, incluindo a escola. O projeto teve início na disciplina de Psicologia e as questões étnico-raciais, com o intuito de levar a temática acerca do dia da consciência negra para espaços além do ambiente acadêmico, escolhendo, assim, uma instituição de educação infantil. Por meio de um evento intitulado “Nossas raízes: de todas as cores”, foi levada a discussão da temática de uma forma lúdica, utilizando músicas, contação de história, caça ao tesouro e roda de capoeira. Levando em consideração que o ambiente escolar é uma porta de entrada para uma possível, e futura, mudança de pensamento da sociedade, visto que é nesse espaço em que se desenvolvem os pensamentos políticos e críticos acerca de toda e qualquer discussão. A inserção do projeto na educação infantil almejou, também, garantir uma educação inclusiva que supere o racismo e as desigualdades geradas por ele, através de discussões buscando sempre romper com preconceitos e prover conhecimentos acerca do assunto. Dessa forma, percebemos que ao inserir esta discussão no ambiente educacional, de modo transversal, em seus diferentes níveis de ensino, podemos considerar a potência da escola para, além de ser lugar de reprodução do racismo, ser oportuno ao seu enfrentamento. Sendo assim, é necessário que discussões relacionadas ao racismo não fiquem restritas ao Dia da Consciência Negra, mas que possam estar inseridas no Projeto Político Pedagógico das escolas de modo a cumprir integralmente as Diretrizes Curriculares Nacionais.