A Citologia estuda diferentes células presentes nos seres vivos, bem como, a classificação e funções destas nos organismos. A vasta nomenclatura científica e ausência de metodologias ativas com recursos didáticos que possam potencializar o interesse dos estudantes, em relação aos conceitos estudados, de modo que consigam associá-los com situações importantes no seu cotidiano tornam o ensino da Biologia desafiador durante o Ensino Médio. Observando esta problemática e com base no pensamento de Paulo Freire no que se refere ao uso da dialética/dialogicidade na relação educador e educando, desenvolvemos uma oficina pedagógica pautada no uso das metodologias ativas, o que possibilitou um processo educativo mobilizado pela compreensão, análise, ação, reflexão e avaliação, garantindo ao espaço da sala de aula uma dinâmica democrática em que o aprendizado ocorre no fazer junto com os outros. Embasando-se também na cultura maker, de origem do conceito DIY – “do it yourself” (faça você mesmo) que se caracteriza por usar recursos sustentáveis e baratos para desenvolver projetos diversificados, a oficina de Citologia permitiu que os discentes produzissem recursos didáticos para auxiliar nos seus estudos. O projeto vem sendo desenvolvido no laboratório de Biologia de uma escola da rede pública estadual, em Pernambuco, com 27 estudantes que estão divididos em 3 equipes. Essa divisão tem como objetivo orientar as equipes quanto a produção dos diferentes materiais de estudos, utilizando massa de biscuit, materiais recicláveis, telas de pintura e o próprio espaço do laboratório no qual os estudantes vem produzindo os recursos didáticos voltados à Citologia. O objetivo geral desta proposta é garantir aos estudantes uma participação ativa no processo educativo, permitindo assim, a interação e o aprender de forma mais prazerosa e eficaz. Ao final da oficina, todo material produzido na escola pelos estudantes será exposto no laboratório e será utilizado em novas proposições didático-metodológicas desenvolvidos neste espaço.