A Anima Educação é um grupo educacional que atua no ensino superior e conta com aproximadamente 400 mil alunos em 17 instituições. Desde 2020, a Ânima e suas instituições investem na implementação de programas de integração de seus currículos, seus cursos e suas práticas didáticas com organizações do mercado de trabalho. Com esse propósito, foi criada uma gerência responsável por implementar a Aprendizagem Integrada ao Trabalho e o Ensino Dual em todas as suas instituições e cursos, para que estudantes desenvolvam com as empresas sua formação prática, complementar à formação na universidade. Contudo, levar este modelo a um portfólio de mais de 100 cursos de graduação e pós-graduação em 90 campus é um esforço que exigiu a criação de um modelo próprio, baseado nas diretrizes do framework CEWIL, utilizado em instituições de ensino superior canadenses, e no Sistema de Ensino Dual Alemão, implementado em cursos técnicos e de nível superior da Alemanha, capaz de contemplar as especificidades do sistema de ensino superior brasileiro e os desafios da criação de experiências do ensino híbrido. Neste artigo, apresentaremos os desafios da formação docente e da implementação do modelo que, atualmente, promove a Aprendizagem Integrada ao Trabalho a mais de 40 mil estudantes por semestre. Apresentaremos também nossa experiência sobre as práticas didático-pedagógicas de integração com as organizações do mundo do trabalho a partir de dois movimentos para a sua curricularização: trazer organizações de mercado para a universidade, criando cenários reais de trabalho para práticas presenciais e virtuais e levar nossos estudantes para vivenciar a prática em programas de imersão profissional. Discutiremos, também, os resultados de empregabilidade e relevância acadêmica, e, também, como nosso modelo inclui integra a formação de professores e equipes de gestão acadêmica aos programas de Stricto Sensu para garantir a qualidade das experiências integradas ao trabalho.