RESUMO O abandono de cães e gatos representa uma violação do direito animal impulsionado pela pouca visibilidade do assunto na área da educação ambiental, que, acaba desencadeando um problema de saúde pública quando considerado o risco de zoonoses. Levando em conta a escassez de políticas públicas e privadas direcionadas para sanar tal problemática, a presente pesquisa buscou analisar a situação de cães e gatos abandonados na cidade de Princesa Isabel-PB, a partir das ações de políticas públicas e das ONGs implantadas no município. Para tanto, objetivou-se localizar pontos de aglomeração de animais em situação de rua e verificar a existência de políticas públicas bem como iniciativas privadas voltadas ao acolhimento, prevenção de zoonoses e controle de natalidade. Trata-se de uma pesquisa de campo observacional, fundamentada na análise documental, com análise qualitativa e quantitativa. Utilizou-se para material de análise, documentos disponibilizados em instituições públicas (Secretaria de Saúde e de Meio Ambiente) e privadas (ONG- Deixe viver) referentes as ações desenvolvidas em prol de animais domésticos abandonados que estão correlacionados a saúde pública. No mapeamento, foram contabilizados um total de 59 animais (30 caninos e 29 felinos) perambulando em vias centrais e saídas da cidade. Quando verificadas as iniciativas públicas e privadas voltadas ao cuidado e acolhimento, foi constatado que a Prefeitura Municipal não promove ações exclusivas para esse público, contudo, aceitou a parceria promovida pela Associação Deixe Viver. No que diz respeito ao controle de zoonoses, a Vigilância Ambiental segue o que é estabelecido como parâmetro nacional para o controle de zoonozes como a Raiva (lyssavirus) e Leishmaniose Visceral Canina (Leishmania chagasi), porém, suas ações não contemplam os animais que não possuem tutores ou responsáveis. A situação dos felinos é ainda mais desafiadora, visto que, a cidade conta com um órgão privado para acolher alguns dos cães sem lar, enquanto os gatos abandonados não são amparados por nenhuma instituição. O único programa de controle de controle de reprodução desenvolvido no município parte da Associação Deixe Viver, que objetiva controlar a natalidade no abrigo. Palavras-chave: abandono de animais; acolhimento; Educação ambiental; zoonoses.