As interações sociais envolvem tanto situações harmoniosas e cooperativas quanto de conflitos. Estes por sua vez podem variar na intensidade e na forma de resolução. Frente a isso, o objetivo do presente estudo foi de identificar e analisar como são desenvolvidas as pesquisas empíricas que abordam a resolução de conflitos no contexto brasileiro. A partir de uma revisão sistemática que utilizou o descritor “resolução de conflitos”, foi realizada uma busca nas bases de dados Periódicos CAPES, Scielo, Arca, PsycInfo, PubMed e PsicoInfo, entre os anos de 2009 e 2020. O estudo se baseou nas diretrizes da Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyse (Prisma). A partir dos critérios de elegibilidade estabelecidos, foram identificados 22 artigos que atenderam aos critérios de inclusão. De acordo com os resultados, os estudos se concentram na região Sul do país e a Psicologia é a área que mais aborda o assunto e tem como principal foco os conflitos ocorridos nas relações familiares (casais) e escolares (professor-aluno). Apesar do aumento do número de estudos ao longo dos anos, observa-se um crescimento não linear. A análise sobre os aspectos metodológicos utilizados nas pesquisas, indica os principais avanços e lacunas que os estudos apresentam. Tais achados visam colaborar para uma abordagem interdisciplinar do tema que contribua para a prevenção da resolução de conflitos.