O ambiente escolar pressupõe uma pluralidade de agentes dotados de vivências, personalidades, crenças, estilos e valores diferentes. Como consequência desta pluralidade, os níveis de socialização e aprendizagem desses agentes podem ser ameaçados pela má gestão dos conflitos oriundos desta convivência. O presente trabalho visa analisar a importância de políticas públicas voltadas à formação de mediadores no ambiente escolar como forma de prevenir e gerir as situações de conflito nas escolas. Através de pesquisa qualitativa, foram levantados dados bibliográficos sobre os índices de violência nas escolas e a importância da instauração de Círculos Restaurativos como núcleos de mediação de conflitos e promoção da paz, bem como análise dos protocolos de combate à violência adotados pelas instituições de ensino frente aos recentes ataques sofridos no primeiro semestre de 2023. A partir da aplicação da abordagem dos círculos restaurativos, o resultado é de que a comunidade escolar passa a intervir positivamente em situações de conflito, reestabelecendo a segurança e a dignidade das vítimas de violência através de uma comunicação assertiva, escuta ativa e do poder do diálogo. Considerando que a adoção de políticas de combate a violência requer a formação de agentes mediadores, a discussão da gestão escolar democrática é trazida ao cerne da questão, uma vez que ela se torna mola propulsora de concretização deste feito, a partir do empoderamento dos membros escolares no combate à violência e na busca pela promoção da paz.