A inclusão de alunos com deficiência no ensino comum, tem sido alvo de discussões e polêmicas entre pesquisadores, professores e familiares, que buscam uma melhor qualidade no ensino oferecido para esta parcela da população. Os objetivos desta pesquisa foram analisar práticas de gestão e práticas docentes de sujeitos de duas escolas públicas municipais do município de Paranaguá, analisar os documentos legais norteadores das escolas que embasam o trabalho do professor, observar o cotidiano na busca de elementos que identifiquem aspectos inclusivos ou excludentes no espaço escolar, identificar as concepções de gestores e docentes sobre a inclusão de alunos com deficiência na escola. Optou-se pela pesquisa qualitativa, de abordagem etnográfica, sendo utilizados a análise documental e a pesquisa de campo. As entrevistas foram gravadas e posteriormente transcritas. Para fundamentar tal pesquisa utilizou-se da abordagem histórico-cultural, tendo como autores de referência: Vygotsky (1988, 1991), Leontiev (1978), bem como de outros autores que abordam a aprendizagem de alunos com deficiência. A análise da coleta de dados indicou que ainda que os professores estejam familiarizados com a questão da inclusão, apresentam poucas práticas efetivamente inclusivas, privilegiando um ensino frontal e avaliação classificatória. Quanto aos gestores, embora tenham uma concepção clara do que é inclusão e quais seus pressupostos, não organizam os tempos e espaços escolares de modo a contemplar a articulação necessária entre professores das salas comuns e Sala de recursos multifuncionais, bem como, não criam estratégias para tornar a escola mais inclusiva e acolhedora.