O emprego das plantas no tratamento de enfermidades data de épocas remotas e está diretamente associado à cultura popular, onde as comunidades étnicas utilizam seus saberes como alternativa para o tratamento de doenças ao uso de medicamentos produzidos pela indústria farmacêutica, seja pelo valor natural do produto, seja pelos altos custos dos produtos industrializados. O consumo de fitoterápicos vem aumentando ao longo dos anos e com isto a necessidade de orientações a acerca do emprego destes produtos. Deste modo a escola surge como elo importante para unir o conhecimento popular e o conhecimento científico, a fim de fornecer informações relevantes para a saúde da comunidade. Objetivou-se com este trabalho relacionar os conhecimentos populares aos conhecimentos obtidos em sala de aula de forma dinâmica e interativa através da produção de fitoterápicos, bem como compreender mecanismos de utilização das plantas medicinais a partir da análise de hábitos familiares no tratamento de enfermidades a fim de orientar a respeito do uso e produção destes produtos. Este trabalho foi realizado com alunos do 2º ano do ensino médio (PROEMi) da Escola Estadual de Ensino Médio Severino Cabral, localizada na cidade de Campina Grande – PB. Foram aplicados questionários socioeconômicos a fim de conhecer o perfil da população que faz uso destes medicamentos, além da produção gráficos para análise dos dados e a elaboração de oficinas de extração de compostos e produção de medicamentos fitoterápicos e a produção de catálogo ilustrativo. Ao final das atividades os alunos demonstraram grande interesse e satisfação, o que se refletiu de forma direta na melhoria do desempenho escolar ao passo que os principais conceitos trabalhados na disciplina de biologia foram compreendidos e relacionados às atividades práticas desenvolvidas no projeto, conseguindo estabelecer relações concretas entre os conceitos estudados e os conhecimentos intrínsecos a sua formação, o conhecimento popular.