Vivemos em um mundo midiático, onde estamos todo o tempo, expostos a mensagens, cartazes e comerciais televisivos. Neles, quase nunca vemos mulheres negras estampando alguma campanha, nas capas de revistas, ou ainda como personagem principal em alguma série ou novela, muito pelo contrário, ainda vemos a mulher negra como um ser marginalizado, sem voz ativa, subestimada quanto ao seu intelecto ou apenas como um corpo sensualizado, o que acaba por alienar a visão da população em relação ao papel da mulher negra na sociedade contemporânea, se prendendo à um triste passado que a mídia insiste em manter, fator este que colabora para a construção da caricatura ilusória e desvirtuada, que temos hoje. Visando (des)construir esse estereótipo, optamos por trabalhar a mulher negra na literatura afro-americana, nas aulas de língua inglesa (LI). O ensino de literatura nas aulas de LI, ainda é uma metodologia bastante incomum, apesar do poder transformador, que lhe é próprio, além de poder-se trabalhar não apenas a tradução, mas também debater os principais temas e críticas da obra analisada, discutir/comparar a relação entre as personagens, além de despertar no alunado uma visão crítico-reflexiva do mundo que o cerca, pois de fato, a aprendizagem por meio de textos propicia ao estudante uma maior autonomia (LIMA, 2009). O presente trabalho é um relato de experiência do ensino de literatura afro-americana nas aulas de língua inglesa, na EEEFM Prof. José Soares de Carvalho, durante um módulo temático do PIBID. Como aporte teórico, foram utilizados textos de Munanga (1988), dentre outros.