O presente artigo se baseia na proposta do IV Encontro de Iniciação à Docência da Universidade Estadual da Paraíba. É elencado como objetivo, apresentar e discutir propostas de ensino-aprendizagem de Geografia, por meio da experiência de oficina, ministrada para alunos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para o tratamento desta questão, discutimos a formação de professores de Geografia baseados em autores como Pimenta (2012) e Bueno (2013). Estabelecer uma articulação dos conhecimentos específicos, voltados a Geografia, os saberes pedagógicos, relacionados à educação, e a prática, corresponde, necessariamente, com a criação da identidade profissional do licenciando. A oficina ministrada em Julho de 2014, na UFPB, a pedido dos coordenadores do PIBID, tinha por objetivo enfatizar a discussão sobre o mapa. Não que este corresponda a um tema inexplorado, nem tampouco desconhecido no campo da Geografia. As pesquisas correspondentes à Cartografia Escolar, voltada à cartografia para escolares, procedem dos trabalhos de Lívia de Oliveira realizada a mais de 30 anos, relacionando à base construtivista de Jean Piaget. Atualmente, novas discussões surgem diante desta linha de pesquisa, a chamada Cartografia Social. Podemos considerar a Cartografia Social como uma proposta conceitual e metodológica que auxilia construir um conhecimento integral de um território, utilizando recurso como os mapas existentes (mapas cartográficos, como: atlas, mapas murais, entre outros) e saberes apreendidos na vivência com os lugares. Diante desta explanação, demonstramos o uso do mapa mental enquanto recurso didático no ensino-aprendizagem de Geografia. Mediante as discussões estabelecidas por Nogueira (2006), Kozel (2008) e Richter (2011) que destacam esse recurso como uma linguagem gráfica livre e uma representação espacial que possibilita interpretar a realidade por meio da percepção do sujeito, materializando as aprendizagens da Geografia. A oficina conta com três momentos: a explanação teórica, o desenvolvimento de uma maquete (que trataremos por maquete mental) e representação de mapas mentais. Embora apontemos autores que fundamentam nossa análise sobre os mapas mentais, Tuan (1980), Claval (2011) e Bakhtin (2012). Não se tem como objetivo discutir os elementos que compõem os mapas desenhados, visto que nosso interesse neste artigo é relacionar a prática da representação com o desenvolvimento e discussão de um tema geográfico. Destaco que o mapa mental pode auxiliar os alunos a desenvolver não apenas uma representação do espaço geográfico, mas uma habilidade consciente do ato de mapear, além de um senso crítico no estabelecimento dos conteúdos ministrados, e possibilitar a formação da identidade profissional dos discentes do PIBID junto à escola da Educação Básica.