Um dos maiores desafios para o professor dentro da sala de aula é despertar o interesse do educando e engajá-lo no processo de ensino-aprendizagem. Em uma disciplina como a Física, presente no currículo escolar desde o Ensino Fundamental, esta atividade é ainda mais desafiadora em razão do elevado nível de abstração exigido e do formalismo matemático-conceitual. Nesse sentido, atividades denominadas “lúdicas” são comumente empregadas enquanto recursos didáticos no enfrentamento da falta de interesse pela aula e/ou tema em discussão. Contudo, o que é lúdico para um educando, necessariamente, será atrativo e de interesse para os demais? O “lúdico” é potencial ou intrínseco à um determinado recurso ou atividade didática? Definir que uma tarefa é lúdica não seria ignorar as particularidades dos ser, suas idiossincrasias? Nesse aspecto, as atividades consideradas lúdicas podem ser percebidas como maçantes e enfadonhas para algumas pessoas a depender das circunstâncias e sentimentos que elas despertam. Com base nesses questionamentos e no contexto do Ensino de Física na Educação Básica, foram analisados os principais periódicos nacionais da área em busca de categorizar a noção de lúdico, bem como sondar até que ponto as idiossincrasias dos estudantes nesses estudos são reconhecidas. Dentre os principais resultados obtidos, foram observados a ausência de atenção dedicada a diversidade individual na aplicação de jogos e atividades lúdicas, revelando abordagens que em muito se aproximavam da convencional generalização pedagógica. Verificou-se também a congruência entre os termos "jogo" e "lúdico", frequentemente empregados de forma intercambiável, como se possuíssem significados idênticos. Para além disto, alguns trabalhos ancoram o uso de jogos a aprendizagem significativa