Dada a complexidade e abstração de estruturas e funções discutidas na citologia, mencionadas por muitos alunos, observa-se a dificuldade de compreensão e construção de significados acerca do conteúdo. Nesse contexto, os modelos didáticos, planejados, discutidos e construídos pelos próprios alunos, configuram-se como um importante recurso didático, com potenciais de representação e associação de conhecimentos que codificam com mais facilidade a significação das estruturas e processos celulares, estabelecendo uma conexão entre teoria e prática. Objetivou-se com o presente trabalho refletir sobre o uso de modelos didáticos no ensino de biologia, suas implicações didáticas e seu impacto na aprendizagem dos alunos. A intervenção foi desenvolvida por bolsistas do Programa de Residência Pedagógica do subprojeto de Biologia da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, em duas turmas de 1º ano do ensino médio de uma escola da rede estadual de ensino em Sobral - CE. O percurso metodológico teve início com a realização de aulas expositivas dialogadas sobre células procariontes e eucariontes, organelas celulares, membrana plasmática, divisão celular e núcleo. Posteriormente, a turma foi dividida em equipes, cada uma responsável pela criação de um modelo didático relacionado aos conteúdos discutidos. Com a finalização dos modelos, os alunos participaram de uma exposição, que foi intitulada “Intervalo Biológico”, na oportunidade os alunos apresentaram seus modelos para a comunidade escolar. Em seguida, aplicou-se um questionário com o intuito de conhecer melhor as percepções dos alunos sobre a prática desenvolvida. Fica evidente com a desenvoltura das apresentações, e a partir das respostas obtidas com o questionário, que os alunos construíram um importante repertório de compreensão e significados sobre a citologia, ressaltando o valor pedagógico e criativo dos modelos confeccionados na construção da aprendizagem.