A presente pesquisa tem como objetivo identificar os desafios enfrentados por mães atípicas no processo de inclusão escolar. Trata-se de um estudo de campo, exploratório, dentro de uma abordagem qualitativa realizado através de um formulário de entrevista. As respostas foram obtidas a partir da perspectiva de seis mães atípicas com faixa etária entre 20 e 40 anos de uma escola pública localizada no sertão nordestino. Com isso, pode-se identificar que o medo, o preconceito, a rotina, a falta de informação e o despreparo do sistema público de saúde são as principais dificuldades enfrentadas e apontadas pelas mães. Outro ponto importante a ser destacado é que após a inserção dos filhos no contexto escolar, foi observado um avanço no desenvolvimento deles, sendo a escola um pilar fundamental no processo de inclusão dos filhos autistas. De acordo com Cruz (2021), as mães atípicas além de lutar por terem suas maternidades desromantizadas, precisam lutar também com crises, dores, cuidados específicos e com a exclusão da sociedade para com elas e seus filhos. Além disso, Bosa (2006) afirma que apesar do diagnóstico do autismo ter impacto sobre toda a família, a sobrecarga dos cuidados recai principalmente nas mães. Logo, as mães de crianças com autismo acabam tendo que lidar com inúmeros desafios, sendo um dos mais notórios a falta de informação acerca dos direitos de inclusão, o que acaba dificultando ainda mais a maternidade atípica. Portanto, por meio dessa pesquisa, pode-se concluir que se trata de um tema que ainda precisa ser muito discutido, visto que as mães atípicas enfrentam inúmeros desafios diariamente em relação à inclusão dos filhos na sociedade, e que apesar dos avanços obtidos com o passar dos anos no que se refere ao autismo, o preconceito – muitas vezes relacionado à falta de informação – ainda é bastante evidenciado.